A parceria, cujo objetivo é facilitar a mobilidade de trabalhadores e empresas a nível fronteiriço, apresenta um projeto no valor de 1.432.889,43 euros, subsidiado a 95% pela União Europeia.
A integração da Segurança Social, da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) para o Algarve, bem como do CADE de Huelva e das Câmaras de Comércio de Huelva e Ayamonte do lado andaluz, reforçam a poderosa parceria fronteiriça.
O Projeto EURES Andaluzia-Algarve apresentou no passado dia 3 de maio, a sua nova proposta de continuidade que visa promover a mobilidade laboral transfronteiriça, a eliminação dos obstáculos a essa mobilidade e uma firme aposta na melhoraria das competências dos trabalhadores e na sua adaptação aos processos de transformação do nosso ecossistema industrial para uma economia digital, verde e azul.
Este aposta materializa-se em dois projetos-piloto de clusters de emprego para analisar as múltiplas possibilidades de emprego, oferecidas pelo território fronteiriço, ligado à economia verde, azul e digital.
Por outro lado, o Projeto EURES Transfronteiriço Andaluzia-Algarve, enquanto aprendizagem após a pandemia, aposta na digitalização na prestação dos seus serviços especializados de informação e intermediação laboral. Desta forma, para além de reforçar a sua Janela Única Digital OESTE, irão também testar no território a inovadora app GrensMatch aplicada com grande sucesso na Bélgica e Holanda, para facilitar o matching entre empresas e trabalhadores residentes em diferentes países.
O orçamento do projeto apresentado ascende a 1.432.889,43 euros, o maior nos seus 6 anos de funcionamento, e será financiado a 95% pela União Europeia, sendo os restantes 5% assumidos pelo SAE e pelo IEFP.
Este orçamento servirá para a realização das múltiplas atividades que as entidades parceiras do projeto irão desenvolver, principalmente durante os anos de 2025 e 2026, como a organização de duas feiras de emprego, um primeiro festival das profissões no setor do turismo, estadias de curta duração para estudantes de Formação Profissional Fronteiriça, dois encontros de mulheres empreendedoras, múltiplos webinars especializados, grupos focais sobre condições de trabalho, emprego e empreendedorismo, boletins de informação sobre trabalho transfronteiriço, dar continuidade à criação de um Observatório do Emprego, bem como uma poderosa campanha de comunicação para a visibilidade da rede EURES e o fenómeno da mobilidade pendular da mão de obra na fronteira entre a Andaluzia e o Algarve.
Este trabalho resulta do empenho de uma vasta rede de parceiros com grande experiência e know-how nas áreas do emprego e formação profissional, tanto na Andaluzia como no Algarve. Para esta bienal, a parceria fronteiriça é reforçada com cinco novos parceiros, como a Câmara de Comércio de Huelva que se apresenta como Beneficiária do projeto, o CADE de Huelva, a Segurança Social Portuguesa, o ACT, a AHETA e a Câmara de Comércio de Ayamonte, que participam como Entidades Associadas.
Os principais agentes económicos e sociais da Andaluzia e do Algarve, como a Confederação Andaluza de Empregadores (CEA), os sindicatos UGT-A e CCOO, a Universidade de Huelva, o Conselho Provincial de Huelva e a Comunidade de Islantilla, renovam o seu compromisso com o projeto EUREST AA, na parte andaluza, enquanto do lado algarvio existem as associações empresariais NERA, ACRAL e AHETA, os sindicatos UGT e CGTP-IN, a Universidade do Algarve, a CCDR Algarve e as associações Tertúlia Algarvía e Odiana, que continuam como beneficiárias do projeto, bem como a Eurocidade do Guadiana, entidade de cooperação territorial com dupla nacionalidade hispano-portuguesa.
Será a partir de setembro que a Comissão Europeia começará a informar os promotores sobre o resultado da avaliação do projeto.