Vivo na Andaluzia e estou à procura de emprego no Algarve
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Busco trabajo en el Algarve
As cartas de candidatura, quer na resposta a um anúncio quer na apresentação de uma candidatura espontânea, são normalmente curtas e simples, nunca mais que o equivalente a uma página A4. O conteúdo deve evidenciar (por exemplo, através de palavras-chave) a relação da sua experiência, qualificações e expetativas com o perfil profissional pretendido pelo empregador, anexando-se um Curriculum Vitae (CV). Estas cartas são cada vez mais substituídas pelo próprio texto do e-mail, ao qual se anexa o CV.
Cópias de certificados de habilitações apenas são solicitadas mais tarde, na altura do recrutamento propriamente dito. Em média, o processo de recrutamento pode demorar cerca de 1 a 2 meses (dependendo da complexidade da função e da urgência no preenchimento da vaga).
Os formulários de candidatura são bastante usados (sobretudo em formato “online”), para candidatos com ou sem qualificações, em modelos muito diversos. Alguns estão bastante padronizados, enquanto outros se centram mais sobre a experiência profissional anterior e usam perguntas de resposta aberta. As perguntas padrão cobrem dados pessoais, educação, experiência e o conhecimento de idiomas.
Um CV português, de uma maneira geral, é apresentado por ordem cronológica inversa (começando pelas experiências e qualificações adquiridas mais recentemente), com 1 a 2 páginas. O modelo funcional (para profissionais com experiências diversificadas) e o modelo infográfico (em 1 página, sobretudo para jovens com menor experiência profissional) são também cada vez mais utilizados. A inclusão de fotografia é muitas vezes valorizada.
Na sua estrutura, deve incluir os seguintes elementos: 1. dados pessoais e de contacto (local de residência – não morada completa, mas cidade e país, telemóvel e/ou telefone, e-mail, página no LinkedIn, endereço de Skype, etc.); 2. experiência profissional; 3. educação (nível máximo de escolaridade); 4. formação profissional (categoria distinta da educação inicial; indicar os cursos de formação, estágios e eventual referência a carteira profissional / inscrição em Ordem Profissional, quando aplicável); 5. outros conhecimentos (de línguas estrangeiras, de informática; referência à carta de condução, se for requisito da oferta); 6. atividades de lazer / interesses pessoais (opcional).
Outra ferramenta cada vez mais utilizada são os vídeo-CVs ou vídeos de apresentação pessoal, podendo ser enviados por iniciativa do candidato ou solicitados pelo empregador ou recrutador, em alguns processos de recrutamento específicos.
Após a candidatura a uma posição (através de e-mail, formulário de candidatura ou carta), a entrevista é o passo seguinte, sendo a principal técnica de seleção. Nesta, os entrevistadores valorizam mais a experiência profissional, a formação profissional, conhecimentos relativos à empresa e ao seu principal setor de atividade e as suas competências (técnicas, organizativas, sociais). Pode levar para a entrevista alguns documentos, nomeadamente diplomas, comprovativos de experiências anteriores (certificados de trabalho), recomendações de antigos empregadores e outros documentos que considere poderem valorizá-lo/a – mas apenas deve apresentá-los se solicitado por quem o/a entrevista.
No seguimento da pandemia, a adesão a entrevistas de seleção por videochamada por parte das empresas é crescente – e é uma tendência que veio para ficar. Aplicam-se os mesmos requisitos, por regra, que nas entrevistas presenciais – sendo em acréscimo aconselhado aos candidatos que acautelem atempadamente o acesso aos meios tecnológicos necessários (computador com câmara ou webcam, auscultadores com microfone, acesso estável a internet) e reservem espaço com alguma privacidade.
Na entrevista (mesmo quando “online”), uma aparência pessoal cuidada (roupas, corte de cabelo, etc.) pode ser importante. Evite, por exemplo, a utilização de “piercings” e a visibilidade de tatuagens.
O uso de testes psicotécnicos ainda é comum em Portugal em empresas de maior dimensão ou quando o recrutamento é efetuado por agências de recrutamento / consultores de seleção e recrutamento.
Testes de aptidão e psicométricos são normalmente usados para candidatos a níveis intermédios de gestão. A grafologia é usada em alguns casos (não é necessária a permissão prévia dos candidatos).
Para algumas funções, podem ser solicitados exames médicos antes da contratação. O médico responsável só pode declarar se o/a candidato/a preenche os requisitos médicos para a tarefa a desempenhar.
Hiperligações:
Título/nome | URL |
Iefponline Como procurar emprego | https://iefponline.iefp.pt/IEFP/comoprocuraremprego.jsp |
Excetuando alguns segmentos do mercado, como o “Customer Service” ou as Tecnologias de Informação, tenha em atenção que não é fácil encontrar emprego em Portugal se não tiver conhecimentos da língua portuguesa.
Antes de decidir viajar para Portugal para procurar emprego, contacte os serviços EURES no seu país, que poderão dar-lhe informações atualizadas sobre a situação do mercado de trabalho em Portugal.
Se já se encontra em Portugal, pode procurar emprego em:
– Serviços de emprego
O serviço público de emprego no Continente (IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P.) tem uma rede de 83 serviços locais de emprego (endereços e contactos disponíveis em www.iefp.pt/redecentros). Pode inscrever-se num serviço de emprego e informar-se sobre ofertas de emprego disponíveis em todo o país. Para tal, tem que apresentar cartão de cidadão/bilhete de identidade ou, se for cidadão de um país do Espaço Económico Europeu (EEE) ou Suíça, documento de identidade ou passaporte válidos no seu país.
Se, para além do passaporte (ou documento de identidade do seu país) válido, tiver um Número de Identificação da Segurança Social portuguesa (NISS) e senha de acesso à Segurança Social Direta, pode também inscrever-se e aceder a oportunidades de emprego disponíveis no iefponline (https://iefponline.iefp.pt/).
Se estiver na Madeira, pode inscrever-se no Instituto de Emprego da Madeira (www.iem.madeira.gov.pt). Se estiver nos Açores, pode inscrever-se “online” ou presencialmente num dos Centros de Qualificação e Emprego da Direção Regional de Qualificação Profissional e Emprego (https://emprego.azores.gov.pt/).
– Empresas de trabalho temporário
Aceitar um trabalho temporário pode ser um primeiro passo para encontrar um trabalho mais estável. Pode, para esse efeito, recorrer a uma empresa de trabalho temporário, que cede os seus trabalhadores a outras empresas.
A identificação das empresas de trabalho temporário autorizadas a exercer esta atividade em Portugal é regularmente atualizada no portal do IEFP em www.iefp.pt/empresas-trabalho-temporario.
– Internet: bolsas de emprego
Existem diversos websites onde os empregadores portugueses divulgam as suas ofertas de emprego. Encontra em Tópicos Relacionados os websites mais utilizados.
– Redes sociais
Os empregadores e empresas de recrutamento em Portugal utilizam crescentemente plataformas como o LinkedIn para encontrar potenciais candidatos, sobretudo nos segmentos com qualificações superiores. Garantir uma presença (cuidada) no LinkedIn – e nas redes sociais em geral – é cada vez mais importante para assegurar que o seu perfil está a ser visto e acessível a potenciais empregadores e recrutadores.
– Imprensa escrita
Embora cada vez menos, as empresas portuguesas ainda utilizam a imprensa nacional e regional para divulgarem as suas necessidades de recrutamento em vários setores de atividade. Os jornais nacionais mais utilizados são: o Jornal de Notícias, o Correio da Manhã e o Público, que publicam diariamente ofertas de emprego em vários setores de atividade. O jornal Expresso publica semanalmente ofertas de emprego para quadros e técnicos qualificados, executivos e consultores. Estes jornais dispõem também de versões on-line das suas secções de Classificados ou de Emprego, em bolsas de emprego facilmente pesquisáveis.
– Candidaturas espontâneas
Muitos dos postos de trabalho disponíveis não são anunciados. A candidatura espontânea continua a ser uma das formas utilizadas para dar a conhecer as suas competências junto dos empregadores – seja por e-mail, on-line (no website da empresa) ou através de abordagem nas redes sociais (LinkedIn, sobretudo).
Hiperligações:
Os empregadores da região sentem dificuldades em recrutar:
- No setor da Saúde, médicos, enfermeiros e assistentes hospitalares ou equivalentes;
- Trabalhadores agrícolas especializados na apanha de fruta, nomeadamente de frutos vermelhos (framboesas) em épocas específicas do ano, sobretudo de fevereiro a junho;
- Nas profissões associadas às TIC e nas áreas da engenharia eletrónica;
- profissionais nas áreas da hotelaria, restauração e turismo.
O conhecimento do português é indispensável para a generalidade dos postos de trabalho. O conhecimento do inglês, do francês, do espanhol e/ou do alemão poderá constituir uma vantagem na área da Hotelaria e Restauração e para as profissões que requerem contacto com o público
O total da população (com 16 e mais anos) na região do Algarve era de 364,6 milhares de pessoas (segundo o Inquérito ao Emprego do INE, 1º trimestre 2023), o que representou um pequeno decréscimo face aos trimestres anteriores, tendo a população empregada diminuído também, quer em relação ao trimestre homólogo quer ao anterior.
A taxa de desemprego foi de 7,2%, a mais alta desde o 3º trimestre de 2021, o que significou um aumento, sobretudo face ao trimestre anterior (6,3%). Contudo, é expectável que este valor venha a baixar nos próximos trimestes, sobretudo com a chegada do verão e do aumento do emprego sazonal.
É de sublinhar as características habitualmente sazonais do desemprego nesta região. A pressão originada por centenas de milhares de turistas que anualmente visitam o algarve, sobretudo entre junho e setembro, desencadeia por regra uma aceleração na atividade turística e hoteleira, que se traduz num crescimento das necessidades de recrutamento no comércio e serviços, contribuindo para a recuperação do emprego durante este período – sendo seguido por uma diminuição abrupta no trimestre seguinte.
No final de maio de 2023, estavam inscritos nos Serviços de Emprego da região 10.478 desempregados, dos quais 30,5% estavam em desemprego de longa duração, mas apenas 9,8% tinham menos de 25 anos (o que corresponde ao peso relativo mais baixo de jovens desempregados inscritos do país).
Relativamente à evolução da população empregada por setores de atividade, e comparativamente com o 1º trimestre de 2022, evidencia-se o aumento do emprego no Comércio e reparação de veículos, na Construção e nas Atividades administrativas e dos serviços de apoio. De facto, 82% da população empregada nesta região concentra-se no setor dos serviços, dos quais 33% no Comércio e no Alojamento e Restauração e 25% no Setor Público (Administração pública, defesa e segurança social; Educação; Atividades de saúde humana e apoio social).
A realidade do emprego no Algarve é ainda de fraca intensidade em conhecimento, forte concentração em serviços pessoais e um peso ainda muito significativo do trabalho (e desemprego) não qualificado.
A estrutura empresarial é constituída (à exceção do setor da Hotelaria) quase exclusivamente por pequenas e microempresas, com recursos humanos não muito qualificados.
Todavia, esta região tem vindo a revelar uma melhoria no nível de educação da sua população ativa, tendo o peso relativo da população com ensino superior melhorado face às outras regiões, mantendo-se, contudo, abaixo da média nacional. A Universidade do Algarve é um pólo crítico de desenvolvimento cultural, científico e tecnológico, com forte ligação ao tecido empresarial. Uma Universidade dinâmica, que responde às estratégias de desenvolvimento da região, através da promoção de áreas de ensino e de investigação para as fileiras produtivas de maior relevo no Algarve.
A estrutura económica do Algarve assenta em 6 setores estratégicos associados aos recursos naturais da região: hotelaria, restauração e turismo, saúde, TIC, atividades criativas, agroalimentares e atividades marítimas.
Grande parte das empresas dedica-se ao comércio, às atividades de “rent a car” e também ao alojamento e restauração, o que reforça o peso significativo da atividade turística como elemento polarizador do desenvolvimento endógeno do Algarve.
Os movimentos transfronteiriços na área de fronteira com Espanha (com a região da Andaluzia) são ainda pouco significativos, sobretudo atendendo à semelhança da estrutura económica das duas regiões. Maioritariamente, os trabalhadores fronteiriços portugueses que trabalham na Andaluzia fazem-no nos setores de Hotelaria e Restauração, Conservas de Peixe e Agricultura.
Links:
Nome | URL |
Instituto do Emprego e Formação Profissional: indicadores sobre o mercado de emprego | https://www.iefp.pt/estatisticas |
Instituto Nacional de Estatística | http://www.ine.pt |
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve | http://www.ccdr-alg.pt/ |
Observatório das Dinâmicas Regionais do Algarve | https://www.ccdr-alg.pt/site/info/observatorio-das-dinamicas-regionais |
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